Turn on, tune in, drop out


"Turn on, tune in, drop out" foi o célebre slogan cunhado por Timothy Leary em 1966 que serviu para promover os benefícios psicossociais do uso de LSD. Porém, foi também o nome de dois discos editados na mesma época. O primeiro tratava-se de um disco de spoken word, onde Leary discursava sobre a dimensão sociológica e cultural dos ácidos. O segundo, o disco destacado no Pulsar Ciclotímico do Amola-Tesouras da passada quinta-feira, era uma alegada banda sonora original para um filme produzido por Henry Saperstein e pela UPA Pictures que nunca chegou a existir (para além de uns parcos shots preparatórios). Tornou-se, porém, um dos mais populares discos de Timothy Leary e o que mais próximo ficou daquilo que se pode chamar arte psicadélica. Trata-se de um disco narrativo mas acompanhado com música (um misto de blues com os sons orientais da vina e da tabla) e dramatizado pelo próprio Leary que é o guia de uma viagem psicotrópica de auto-conhecimento feita por Ralph Metzner (o viajante). Os efeitos especiais tornam o disco muito cinemático e criam o ambiente adequado para a trip. Uma voz divina (Rosemary Woodruff) dá ainda o tom místico-religioso que existia já em "The Psychedelic Experience".
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Tracklist:
Side A
"The Turn On" - 2:23
"The Tune In" - 3:34
"The Beginning Of The Voyage (Heart Chakra)" - 4:01
"Root Chakra" - 2:05
"All Girls Are Yours" - 4:37
"Freak-Out" - 0:29

Side B
"Freak-Out (Continued)" - 3:53
"Genetic Memory" - 6:43
"Re-Entry (Nirvana)" - 3:10
"Epilogue (Turn On, Tune In, Drop Out)" - 2:52

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