Tomorow Never Knows...





A 9 de Abril o Laboratorio Chimico entreteve-se(vos) a antecipar o futuro. Assim, nas próximas emissões é bem possível que as explorações psicadélicas recaiam em Coil, no negrume nipónico de Rallizes Dénudés, Keiji Haino e Kousokuya vs. "O Elogio da Sombra" de Junichiro Tanizaki, na New Weird America ou no fuzz funk-rock da Nigéria das décadas de 1960 e 1970! Fiquem atentos!

Ouvir aqui.

YaHoWha 13

No primeiro dia de Abril de 1969 abria em Los Angeles o "The Source", um restaurante de comida saudável que se constituiu como força mobilizadora do que viria a ser a "The Source Family", uma comuna hippie de adoradores de Father Yod, o seu patriarca e líder espiritual incontestado. 40 anos volvidos, o Laboratorio Chimico aproveitou a efeméride e dissecou o trabalho da extensão musical do grupo, os YaHoWha 13.


James Eduard Baker (mais tarde Father Yod e ainda YaHoWha), que havia sido marine na II Grande Guerra Mundial com direito a medalha de honra, foi um beatnick e nature boy durante os anos 50, em LA, remetendo-se a uma vivência proto-hippie quiçá como expiação das experiências do teatro de guerra. Durante os anos 60 aprimorou o seu interesse pelas tradições esotéricas orientais, tornando-se monge vedanta. "The Source", o seu terceiro restaurante vegetariano, rapidamente granjeou vasto sucesso, enquanto o magnetismo irresistível de Father Yod atraía até às imediações legiões de seguidores. Reconhecendo vibrações aquarianas em tal mobilização, Yod muda-se para uma mansão em Hollywood - a Mother House - com um numeroso grupo de acólitos seguidores que viriam a constituir a irmandade "The Source Family". De vestes brancas, a Família preconizava uma rigorosa devoção a um programa de práticas espirituais que envolviam meditação e yoga, dieta vegetariana, comunhão e respeito para com os animais, alteração dos papéis de género convencionais, magia, sexo tântrico e partos naturais. Na época, muitos foram os movimentos que proliferaram na Califórnia pregando caminhos espirituais e amor livre, mas terá sido a sua organização e ética auto-suficiente e anti-propagandística que marcaram uma certa distinção e credibilidade dos demais.


A música surgia assim como válvula de escape para a energia criativa da comuna. Entre 1973 e 1975 as várias encarnações deste sub-culto - o grupo denominou-se Father Yod & The Spirit of '76, The Savage Sons of YaHoWha, Fire Water Air (o significado cósmico-astrológico de YaHoWha, renomeados após a morte de YaHoWha) e YaHoWha 13 (uma alusão às 13 mulheres de Father Yod?) - geraram mais de 60 discos que foram vendidos a preços honestos no restaurante, dos quais 9 foram produzidos e editados pela Higher Key, a editora da Família. Os discos - que contaram com a participação mais activa de Djin, Octavius, Sunflower e Rhythm Aquarian, para além, claro está, de YaHoWha - epitomizam os devaneios psicadélicos do grupo através do rock ácido feito de guitarras distorcidas e percussões tribais (de que Penetration: an Aquarian Symphony e I'm Gonna Take You Home serão os melhores exemplos) acompanhadas pelas entoações shamânicas do guru Yod, que, em tom sussurrante ou histérico, apregoa as doutrinas da irmandade ocasionalmente reforçado por coros femininos (Kahoutek, Expansion, Contraction, To the Principles for the Children). O rock eléctrico improvisado em tom freak-out predomina, embora também seja possível escutar algum pendor blues (YaHoWha e Savage Sons of YaHoWha) ou formatos acústicos estruturados em canções com letras cândidas (All or Nothing at All).
No final de 1974, "The Source" é vendido e a Família muda-se para o Hawai. Bem menos tolerante do que LA, o acolhimento insular não foi o mais caloroso, obrigando a um período de indefinição quanto ao poiso do grupo, apesar de se instalarem na ilha de Oahu. É neste contexto de indefinição e alguma desagregação que um acidente de asa-delta acaba por vitimar YaHoWha, em 25 de Agosto de 1975. Sem ferimentos visíveis de monta, o Pai não conseguia mexer-se e, rejeitando medicamentos, foi levado para casa ao cuidado das suas 13 mulheres e mais de 140 filhos e filhas, morrendo horas depois. Em Janeiro de 1977 a Família desmembrou-se.

Um dos membros da Família foi Sky Sunlight Saxon, que pertencera aos The Seeds. Saxon participou nas gravações do disco Golden Sunrise (creditado a Fire Water Air). Terá sido Saxon a negociar com a editora nipónica Captain Trip a edição de God and Hair, em 1998, uma caixa de 13 CD's com a mais significativa amostra do trabalho musical do grupo. A editora britânica Swordfish Records tem reeditado individualmente alguns discos do grupo. Sky Saxon mantém uma colaboração com outro irmão, Djin Aquarian - que também edita trabalhos a solo -, no grupo King Arthur's Court. Em 2007, por ocasião da publicação do livro de Isis e Electricity Aquarian "The Source: The Untold Story of Father Yod, Ya Ho Wha 13 and The Source Family" (Process Media) os elementos musicalmente activos do grupo (Djin, Octavius e Sunflower Aquarian) voltam a reunir-se para concertos, acabando por gravar algum material e editarem pela Prophase, já no final de 2008, o álbum Sonic Portation.


Aqui, entrevista com os YaHoWha 13 (2002).

Zabriskie point, vanishing point

Há um ponto no horizonte que funciona como o vértice visto de dentro de uma pirâmide. Uma pirâmide sem muros, nem paredes, formada apenas pelo amplexo do ar, permitindo àquele ponto mover-se connosco para onde quer que olhemos, como se nos perseguisse. Ao caminhar, o vértice absorve todos os objectos que a nossa vista alcança, os quais aí se perdem a uma velocidade cada vez maior, com uma tal força que, se nele nos focarmos, também nós aí podemos desaparecer, nesse mesmo momento em que o bico da pirâmide passa de dentro para fora e faz rebentar a íris do olho, subvertendo o ponto focal, que se inverte para se tornar ponto de fuga. O Deserto da Morte, estendendo-se por largos quilómetros entre a Califórnia e o Nevada, é um local propício para essa experiência e nele muitos se perderam para voltarem a nascer, numa prova dromológica em que o horizonte se acelera até fazer explodir essa inultrapassável distância assimptótica entre as linhas da percepção visual e o perímetro total do universo. Naquela inóspita aridez, no meio de todo o vazio, destaca-se uma espécie de clareira enrugada ainda mais estéril e mais seca, cuja única riqueza mineral foi em tempos o borato de sódio, explorado por um industrioso Zabriskie que lhe deu o nome. Há muitos milhões de anos atrás fora o fundo de um lago que entretanto se evaporou, deixando como vestígios no seu leito apenas as ondas de calor que hoje aquecem e turvam aquelas crateras de hospitalidade lunar e lava seca.



Esse ponto do deserto foi o cenário escolhido pelo filósofo Michel Foucault para a maior experiência da sua vida, a que lhe terá sido alegadamente induzida pela ingestão do ácido lisérgico dietilamida. Nas suas próprias palavras, “o LSD inverte as relações de mau humor, a estupidez e o pensamento: não põe fora de circulação a soberania das categorias quando arranca o fundo da sua indiferença e reduz a nada a triste mímica da estupidez; e a toda essa massa unívoca e acategórica apresenta-a não só como matizada, móvel, assimétrica, descentrada, espiralóide, ressonante, como ainda a faz formigar a cada instante com acontecimentos-fantasma; deslizando sobre uma superfície pontual e imensamente vibratória, o pensamento, livre da sua crisálida catatónica, contempla desde sempre a indefinida equivalência convertida em acontecimento agudo e repetição sumptuosamente engalanada.” Na mesma época, o realizador italiano Antonioni elege aquele lugar como “tópico” central do seu filme sobre essa geração desadaptada e sonhadora na América do dealbar dos anos 70: Zabriskie Point.



Com um argumento escrito com Sam Sheppard e Tonino Guerra, entre outros, o filme acompanha a fuga de um jovem, cujo envolvimento numa sublevação estudantil resultou tragicamente no assassínio de um polícia. Num estilo contemplativo mais do que narrativo e num registo de deriva e deambulação, vemos o jovem a pairar, numa avioneta hippie, sobre o Vale da Morte, a ter um caso de amor livre com uma jovem inconformada com a sua herança burguesa, o seu não menos trágico abate pelas autoridades, até chegarmos ao final para assistir à metáfora explosiva e paradoxalmente apoteótica, de efeitos inegavelmente psicadélicos, do “Blow your mind” apregoado pela contra-cultura dos finais de 60. A casa burguesa e o estilo de vida conformista dos pais da rapariga explodem com todo o seu conteúdo, em imagens de estranha beleza multicolorida, filmadas de todos os ângulos, rebentando em câmara lenta em todas as direcções, como se o espectador tivesse finalmente sido absorvido pelo ponto de fuga do deserto e assistisse por dentro à violenta explosão da sociedade de consumo, materializada na desagregação atómica dos seus objectos fetiche. “Come in number 51, Your time is up” é o tema de Pink Floyd que acompanha esta sequência verdadeiramente surrealista – comparem-se alguns quadros de Dali com as deformações causadas aos objectos do quotidiano. Os Pink Floyd foram responsáveis por uma parte considerável da banda sonora, ao lado de nomes como Grateful Dead, Kaleidoscope, Jerry Garcia, The Youngbloods e John Fahey.


O Surfar Ciclotímico do Olho do Cu

Considere-se o seguinte cenário: um denso nevoeiro espalhando-se do palco para o meio de uma multidão desorientada pelas insistentes luzes estroboscópicas; no fundo, por detrás dos artistas, alguns filmes projectados em estranhos ângulos e perspectivas, sobrepondo-se por vezes uns aos outros, sincopados, invertidos, imagens alotrópicas de acidentes viários, cirurgias de reconstituição de pénis, explosões nucleares, transformação de alimentos, insectos ou ainda excertos de episódios em negativo dos Anjos de Charlie, o suficiente para causar ataques epilépticos ou aneurismas aos mais sensíveis; junte-se-lhe uma melodia dissonante construída sobre o feedback de uma guitarra, acompanhada por duas baterias em uníssono, um baixo defeituoso, a voz alterada por um megafone ou por um rolo de papel higiénico, vinda de um gigante com uma cabeleira postiça e molas da roupa penduradas por todo o corpo, enquanto uma dançarina exótica se vai despindo até eventualmente se envolver fisicamente com o vocalista; se isso não bastar, imagine-se que centenas de fotocópias de escaravelhos são atiradas para o público ou que o vocalista de cada vez que cai no chão faz rebentar preservativos colados ao corpo, previamente cheios de sangue, e que os restantes membros da banda vão esfolando animais empalhados. Se isto aconteceu algures no Texas, em meados dos anos 80, então, muito provavelmente, era um concerto dos Butthole Surfers, a estranha banda dos arredores de Austin que herdou a tendência texana para as substâncias psicadélicas e o sentido de humor desconcertante de um ovo antropomórfico sempre à beira do desequilíbrio.



A bizarria é o terreno de eleição deste insólito agrupamento que tem como membros fundadores, dois promissores contabilistas que estudavam no Trinity College, em San Antonio, Texas. Gibby Haynes, o vocalista gigante e principal força da banda, para além de ter conseguido alguns títulos pela equipa de basquetebol da escola, foi galardoado como “Contabilista do Ano” no ano da sua graduação, é filho do Mr. Peppermint, uma personagem de um programa de televisão infantil dos anos 60, e conhecido por jogar ténis todo nu, coleccionar imagens de anomalias médicas, ter sido expulso da firma onde trabalhava e, por vezes, incendiar o palco. Não sendo dotado naturalmente para o canto, foi apetrechando as suas performances vocais com toda a espécie de artefactos que pudesse alterá-la, num processo de sofisticação que culminou no seu Gibbytronix, uma caixa personalizada de efeitos que o acompanha nos seus concertos. Para além dele e de Paul Leary, o guitarrista psicadélico, os restantes membros da banda foram mudando, destacando-se os bateristas falsamente geminados King Coffey e Teresa Nervosa. O improvável nome da banda deveu-se a uma confusão de um apresentador num dos primeiros concertos que tomou o nome de uma música “Butthole Surfer” pelo nome do grupo, mas o acaso assenta bem no caos estrutural do projecto e acabaram por o adoptar, substituindo-o aos nomes não menos absurdos de Dick Clarck Five ou Nine Foot Worm Makes Own Food.



A música pode ser catalogada de forma controversa como psicadélica, com elementos do punk e noise rock, heavy metal, electrónica e até como precursora do grunge, ainda que sejam mais que óbvios os clichés de modificação perceptiva e acústica que contaminam as estruturas rítmicas, as convoluções tímbricas e todo o imaginário alucinogénio das canções e dos álbuns, onde títulos como Humpty Dumpty LSD ou “I smoke Elvis Presley’s toenails when i wanna get high” não enganam, para não falar do primeiro álbum “Psychic…Powerless…Another Man’s Sac” de 1983.

Para ver uma entrevista dos Butthole Surfers na cama: parte 1 e parte 2

Ouvir:Ver

Ouvir:Ver
A experiência do som no cinema
Culturgest

Programação: Ricardo Matos Cabo aqui

Cinema Quarta 1, Quinta 2, Sexta 3, Sábado 4, Domingo 5 e Segunda 6 de Abril de 2009
Pequeno Auditório · 3,5 Euros (Preço único)

No sábado, uma sessão particularmente dedicada ao música visual e à sinestesia experimental de Oskar Fischinger, dos irmãos (Whitney já referidos num dos primeiros Laboratórios Chimicos), de Norman MacLaren e Tony Conrad.



Sábado 4
15h30
Correspondências entre o som e a imagem
Das Tönende Handschrift
de Rudolph Pfenninger, 1929, 35mm (transferido para vídeo), v.o. leg. em português, 10'
Tönende Ornamente
de Oskar Fischinger, 1932, 16mm, 3'20''
Five Film Exercises
de John Whitney e James Whitney, 1941-1945, 16mm, 21'
Dots
de Norman McLaren, 1940, 35mm, 2'21''
Pen Point Percussion
de Norman McLaren, 1951, 35mm, v.o. inglês, 5'58''
Synchromie
de Norman McLaren, 1971, 35mm, 7'27''
Soundtrack
de Barry Spinello, 1969, 16mm, 10'
Articulation of Boolean Algebra for Film Opticals
de Tony Conrad, 1975, 16mm, 10' (excerto de 75')
A procura de uma equivalência entre o som e a imagem corresponde, na história do cinema, a um género particular de exploração das possibilidades contidas no próprio material fílmico. Os filmes apresentados nesta sessão investigam a complementaridade e interacção som / imagem, a possibilidade de tornar visíveis os sons através da síntese sonora. Inclui pequenos documentários que permitem perceber a técnica da "escrita visual" no filme dos pioneiros Pfeninger e McLaren, a ideia da ornamentação sonora em Fischinger, os espantosos exercícios visuais dos irmãos Whitney, as experiências de unidade som / imagem de Barry Spinello e um excerto de um filme de Tony Conrad que procura, de modo diverso, questionar a unidade som / imagem.

18h30
Mauricio Kagel, realizador
Symphonie Mécanique
de Jean Mitry, 1955, 35mm, 13’
Antithese
de Mauricio Kagel, 1965, 16mm (transferido para vídeo), 19’
Hallelujah
de Mauricio Kagel, 1967, 16mm, v.o. alemão, 40’
Dois filmes notáveis de Mauricio Kagel, que representam duas fases distintas da sua prática cinematográfica: Antithese, o seu primeiro filme é uma aproximação cinematográfica ao plano teatral e de registo de uma composição e Hallelujah é já uma composição para cinema na equivalência total entre a imagem e o som. Em complemento, a pesquisa visual e sonora de Jean Mitry e Pierre Boulez.

21h30
A voz: série, repetição
Synch Sound
de Taka Iimura, 1975, 16mm, 12’
Paul Celan Liest
de Ute Aurand, 1985, 16mm, v.o. inglês, 5’
Picture and Sound Rushes
de Morgan Fisher, 1973, 16mm, v.o. inglês, 11’
Hapax Legomena III: Critical Mass
de Hollis Frampton, 1971, 16mm,v.o. inglês, 25’
Done To
de Lawrence Wiener, 1974, 16mm (transferido para vídeo),v.o. inglês, 20’
Episodic Generation
de Paul Sharits, 1978, 16mm, v.o. inglês, 30’
Sessão organizada segundo um princípio comum a todos os filmes: a exaustão de uma forma através da repetição e da reverberação. O filme de Iimura é um jogo formal entre o tempo e os elementos sonoros e visuais de uma banda de som. Paul Celan Liest é uma visualização da voz de Paul Celan a ler três poemas. Morgan Fisher explora as ironias que surgem da normatividade dos processos técnicos e industriais no cinema, esgotando as possibilidades de relação som / imagem. Os filmes de Frampton e Wiener colocam em cena uma batalha de dissonâncias e cortes sonoros, numa estrutura de repetição e exaustão metafórica entre o material fílmico e o que vemos nas imagens. Finalmente, o filme de Paul Sharits reflecte o interesse do autor pelo som, na versão para ecrã de uma instalação sobre o eco e a perda da definição da imagem e do som pela sobreposição.

New Weird America

Em 2003, o colaborador da revista "Wire", David Keenan, apelidou de "New Wierd America" o movimento de vários projectos de música independente que na época pululavam consistentemente pelo circuito underground mais recôndito do folk Norte-Americano.

Grande parte desses grupos ou projectos individuais estavam (e alguns estão) sediados fora dos grandes centtros urbanos como células auto-excluídas do organismo total, como forma de inspiração isolacionista mas também como refúgio face a uma América politicamente corporativa de efeito anestesiante à criatividade artística. Este modus vivendi potenciou a formação de redes subterrâneas de alianças e permutações criativas através de várias publicações caseiras bastante limitadas, e de editoras e distribuidoras como a Apostasy, Child of Microtones, Eclipse Records, Ecstatic Yod, Spirit of Orr, Vhf, entre muitas outras.

Quanto a nomes de projectos, muitos poderiam ser mencionados para além dos destacados no programa. Incorporam sonoridades distintas que oscilam entre a apresentação acústica e vocal estruturada, a improvisação livre, free-jazz, rock psicadélico, drones, artefactos electrónicos, field recordings ou simplesmente o manuseamento de objectos do quotidiano. Mas o substrato comum a tal grupo repousará na expressão musical do imaginário folk Norte-Americano reciclada desse arquivo arquetípico da América que é a Antologia da Música Folk Norte-Americana de Harry Smith, ou de nomes como John Fahey ou Blind Willie Johnson, do rock dos Sonic Youth ou Melvins ou mesmo de artistas britânicos como os The Incredible String Band ou Simon Finn.

A 23 de Abril, na emissão do Laboratorio Chimico ouviu-se:
The Tower Recordings - Braille Metronome (Furniture Music for Evening Shuttles, 1998)
Pelt - The cuckoo (Ayahuasca, 2001)
Jackie-o-Motherfucker - Bone Saw (The Magick Fire Music, 2000)
Ash Castles on the Ghost Coast - Ride Cactus, Glide Cliff (Ash Castles on the Ghost Coast, 1996)o
No-Neck Blues Band - Wieder der Erste Mal (Embryonnic, 2006)
Sunburned Hand of the Man - Rivershine (The Trickle Down Theory of God Knows What, 2003)
Vanishing Voice - Nordic Visions (Nordic Visions, 2006)
Six Organs of Admittance - Attar (The Sun Awakens, 2006)
Six Organs of Admittance - On Returning Home (Dark Noontide, 2002)

Devido a problemas técnicos a emissão em podcast deste programa não está disponível.