
Muitos dos grupos que destacámos criaram música que, num primeiro relance, dificilmente poderá ser considerada de forma categórica como psicadélica. Tratou-se, em muitos casos, da materialização do clima experimental que se respirava na época, fortemente galvanizado pelo pós-Maio de 68 e pelo seu contexto reivindicativo e libertário. Diga-se que, embora o rock psicadélico anglo-saxónico tenha influenciado largamente alguns dos nomes apresentados, a sua sonoridade é heterogeneamente informada pela vanguarda do free-jazz ou pelos ecos do rock electrónico kraut/kosmische dos seus vizinhos germânicos, cruzando a herança da musique concréte do GRM com matizes de composição contemporânea, ou com o jazz-rock de Canterbury, ou até mesmo pela tradição da chanson francaise.
É contudo possível, e de resto um exercício bem apropriado à bancada de experiências deste Laboratorio Chimico, procurar extrair de uma dúzia de álbuns - qual néctar psicotrópico pronto a ser virtualmente derramado pelas ondas hertzianas - momentos que ilustram o compromisso destes músicos na superação experimental de barreiras estilísticas, quiçá insuflados por um sistema nervoso central já liberto dos seus padrões e estruturas comuns, e assim, portanto, comprometidos com a causa psicadélica.
Para um olhar sobre o assunto o livro L'Underground Musical en France, de Éric Deshayes e Dominique Grimoud (Éditions Le Mot et le Reste, 2008) pode ser uma boa ideia.
Ouviu-se:
Subversion - Submersion (Subversion)
Semool - Essai 1 (Essais)
Fille Qui Mousse - Cantate Disparate (Trixie Stapleton 291)
Red Noise - Sarcélles C'est L'Avenir (exct.) (Sarcélles-Lochères)
Philippe Besombes - La Ville + Boogiemmick (Libra)
Lard Free - Acid Framboise (Lard Free)
Ose - Orgasmachine (Adonia)
Spacecraft - Lumiére de Lune (Paradoxe)
Patrick Vian - Sphéres (Bruits et Temps Analogues)
Verto - Strato (exct.) (Krig Volubilis)
Jacques Thollot - Qu'ils se Fassent un Village, Oui Bien C'est Nous Qui S'en Allons (Quand le Son Devient Augu, Jeter la Girafe a la Mer)
Jean Guerin - Triptik 2 (Tacet)
Ouvir.
É contudo possível, e de resto um exercício bem apropriado à bancada de experiências deste Laboratorio Chimico, procurar extrair de uma dúzia de álbuns - qual néctar psicotrópico pronto a ser virtualmente derramado pelas ondas hertzianas - momentos que ilustram o compromisso destes músicos na superação experimental de barreiras estilísticas, quiçá insuflados por um sistema nervoso central já liberto dos seus padrões e estruturas comuns, e assim, portanto, comprometidos com a causa psicadélica.
Para um olhar sobre o assunto o livro L'Underground Musical en France, de Éric Deshayes e Dominique Grimoud (Éditions Le Mot et le Reste, 2008) pode ser uma boa ideia.
Ouviu-se:
Subversion - Submersion (Subversion)
Semool - Essai 1 (Essais)
Fille Qui Mousse - Cantate Disparate (Trixie Stapleton 291)
Red Noise - Sarcélles C'est L'Avenir (exct.) (Sarcélles-Lochères)
Philippe Besombes - La Ville + Boogiemmick (Libra)
Lard Free - Acid Framboise (Lard Free)
Ose - Orgasmachine (Adonia)
Spacecraft - Lumiére de Lune (Paradoxe)
Patrick Vian - Sphéres (Bruits et Temps Analogues)
Verto - Strato (exct.) (Krig Volubilis)
Jacques Thollot - Qu'ils se Fassent un Village, Oui Bien C'est Nous Qui S'en Allons (Quand le Son Devient Augu, Jeter la Girafe a la Mer)
Jean Guerin - Triptik 2 (Tacet)
Ouvir.
No comments:
Post a Comment