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A experiência do som no cinema
Culturgest
Programação: Ricardo Matos Cabo
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Cinema Quarta 1, Quinta 2, Sexta 3, Sábado 4, Domingo 5 e Segunda 6 de Abril de 2009 Pequeno Auditório · 3,5 Euros (Preço único) |
No sábado, uma sessão particularmente dedicada ao música visual e à sinestesia experimental de Oskar Fischinger, dos irmãos (Whitney já referidos num dos primeiros
Laboratórios Chimicos), de Norman MacLaren e Tony Conrad.
Sábado 4
15h30
Correspondências entre o som e a imagem
Das Tönende Handschrift
de Rudolph Pfenninger, 1929, 35mm (transferido para vídeo), v.o. leg. em português, 10'
Tönende Ornamente
de Oskar Fischinger, 1932, 16mm, 3'20''
Five Film Exercises
de John Whitney e James Whitney, 1941-1945, 16mm, 21'
Dots
de Norman McLaren, 1940, 35mm, 2'21''
Pen Point Percussion
de Norman McLaren, 1951, 35mm, v.o. inglês, 5'58''
Synchromie
de Norman McLaren, 1971, 35mm, 7'27''
Soundtrack
de Barry Spinello, 1969, 16mm, 10'
Articulation of Boolean Algebra for Film Opticals
de Tony Conrad, 1975, 16mm, 10' (excerto de 75')
A procura de uma equivalência entre o som e a imagem corresponde, na história do cinema, a um género particular de exploração das possibilidades contidas no próprio material fílmico. Os filmes apresentados nesta sessão investigam a complementaridade e interacção som / imagem, a possibilidade de tornar visíveis os sons através da síntese sonora. Inclui pequenos documentários que permitem perceber a técnica da "escrita visual" no filme dos pioneiros Pfeninger e McLaren, a ideia da ornamentação sonora em Fischinger, os espantosos exercícios visuais dos irmãos Whitney, as experiências de unidade som / imagem de Barry Spinello e um excerto de um filme de Tony Conrad que procura, de modo diverso, questionar a unidade som / imagem.
18h30
Mauricio Kagel, realizador
Symphonie Mécanique
de Jean Mitry, 1955, 35mm, 13’
Antithese
de Mauricio Kagel, 1965, 16mm (transferido para vídeo), 19’
Hallelujah
de Mauricio Kagel, 1967, 16mm, v.o. alemão, 40’
Dois filmes notáveis de Mauricio Kagel, que representam duas fases distintas da sua prática cinematográfica: Antithese, o seu primeiro filme é uma aproximação cinematográfica ao plano teatral e de registo de uma composição e Hallelujah é já uma composição para cinema na equivalência total entre a imagem e o som. Em complemento, a pesquisa visual e sonora de Jean Mitry e Pierre Boulez.
21h30
A voz: série, repetição
Synch Sound
de Taka Iimura, 1975, 16mm, 12’
Paul Celan Liest
de Ute Aurand, 1985, 16mm, v.o. inglês, 5’
Picture and Sound Rushes
de Morgan Fisher, 1973, 16mm, v.o. inglês, 11’
Hapax Legomena III: Critical Mass
de Hollis Frampton, 1971, 16mm,v.o. inglês, 25’
Done To
de Lawrence Wiener, 1974, 16mm (transferido para vídeo),v.o. inglês, 20’
Episodic Generation
de Paul Sharits, 1978, 16mm, v.o. inglês, 30’
Sessão organizada segundo um princípio comum a todos os filmes: a exaustão de uma forma através da repetição e da reverberação. O filme de Iimura é um jogo formal entre o tempo e os elementos sonoros e visuais de uma banda de som. Paul Celan Liest é uma visualização da voz de Paul Celan a ler três poemas. Morgan Fisher explora as ironias que surgem da normatividade dos processos técnicos e industriais no cinema, esgotando as possibilidades de relação som / imagem. Os filmes de Frampton e Wiener colocam em cena uma batalha de dissonâncias e cortes sonoros, numa estrutura de repetição e exaustão metafórica entre o material fílmico e o que vemos nas imagens. Finalmente, o filme de Paul Sharits reflecte o interesse do autor pelo som, na versão para ecrã de uma instalação sobre o eco e a perda da definição da imagem e do som pela sobreposição.