Eden Ahbez – Eden’s Island (1960)
Eden’s Island oferece-nos a banda sonora de uma ilha encantada como o caminho paradisíaco rumo ao amor e à felicidade. Um lugar onde reina a comunhão entre o Homem e os animais e belezas paisagísticas, que se auto-sustenta de melodias e canções lounge e easy-listening. Um chamamento celestial de um Eden Ahbez deusificado, com barbas e longos cabelos loiros olhando o infinito, a salvo de um mundo materialista onde o consumismo desenfreado dos anos pós-guerra viu Ahbez acampar debaixo do primeiro “l” da faustosa Hollywood sobre uma Los Angeles que, ainda, o viu ignorar a conta bancária amealhada com a notoriedade conseguida pela composição do grande êxito de Nat King Cole, “Nature boy”, em 1948, e viver com a sua família pelas ruas. Uma brisa tropical feita de intrincados arranjos de instrumentação exótica a la Martin Denny, onde não faltam as congas, bongos, flautas, piano e sons do mar e de animais, bem como as leituras dos próprios escritos de Ahbez – nascido Alexander Aberle em Nova Iorque e de nome George McGrew após a sua adopção por uma família do Kansas – altamente influenciados pela cultura beat da época.
“Eden’s Island” pode encarar-se como um manifesto proto-hippie a uns bons anos da sua eclosão, metaforizando o encantamento de uma ilha cuja insularidade revelará não apenas a consciência ecológica, o deleite ocioso e os encantos do amor e do romance, como territórios filosóficos e místicos evocativos de equilíbrios entre o Homem e o meio como modo de alcançar níveis elevados de uma auto-consciência profunda e transformadora. Será esta conceptualização que faz deste disco um dos pontos de paragem na análise ao período embrionário da música psicadélica.
Eden’s Island oferece-nos a banda sonora de uma ilha encantada como o caminho paradisíaco rumo ao amor e à felicidade. Um lugar onde reina a comunhão entre o Homem e os animais e belezas paisagísticas, que se auto-sustenta de melodias e canções lounge e easy-listening. Um chamamento celestial de um Eden Ahbez deusificado, com barbas e longos cabelos loiros olhando o infinito, a salvo de um mundo materialista onde o consumismo desenfreado dos anos pós-guerra viu Ahbez acampar debaixo do primeiro “l” da faustosa Hollywood sobre uma Los Angeles que, ainda, o viu ignorar a conta bancária amealhada com a notoriedade conseguida pela composição do grande êxito de Nat King Cole, “Nature boy”, em 1948, e viver com a sua família pelas ruas. Uma brisa tropical feita de intrincados arranjos de instrumentação exótica a la Martin Denny, onde não faltam as congas, bongos, flautas, piano e sons do mar e de animais, bem como as leituras dos próprios escritos de Ahbez – nascido Alexander Aberle em Nova Iorque e de nome George McGrew após a sua adopção por uma família do Kansas – altamente influenciados pela cultura beat da época.
“Eden’s Island” pode encarar-se como um manifesto proto-hippie a uns bons anos da sua eclosão, metaforizando o encantamento de uma ilha cuja insularidade revelará não apenas a consciência ecológica, o deleite ocioso e os encantos do amor e do romance, como territórios filosóficos e místicos evocativos de equilíbrios entre o Homem e o meio como modo de alcançar níveis elevados de uma auto-consciência profunda e transformadora. Será esta conceptualização que faz deste disco um dos pontos de paragem na análise ao período embrionário da música psicadélica.
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